domingo, 14 de outubro de 2007

Investimento em TV no Brasil

O investimento no meio Internet é maior do que o divulgado. A lógica é simples, assim como em meios tradicionais, a porção que se investe em conteúdo na web não é contabilizada. Acontece que na web não existe uma correlação de investimento, e por isso, em alguns casos o investimento em conteúdo pode ser responsável por boa parte da verba.

Um artigo do New York Times que usa uma lógica parecida. O artigo mostra que de 30% a 60% do que é investido pelos grandes anunciantes (como P&G, Time Warner, GM, J&J, entre outros) são em ações que não são medidas pelos métodos tradicionais. O gráfico (clique para ampliar) foi levantado pelo Advertising Age, referência do nosso meio.

São investimentos que nem passam pelo o que chamamos de mídia. Vide o caso do Nike+ usado como exemplo no artigo. Os números são gringos, mas o alerta serve para o Brasil. Aqui também só conseguimos medir o que se investe em mídia tradicional. E neste tradicional, incluo os banners de Internet.

Se lá fora a Lever investe 60% do seu budget em ações que não são medidas, como podemos afirmar no Brasil, ela ou outras de seu porte não estejam em um caminho parecido? Que o Brasil não está no mesmo patamar que os EUA não tenho dúvida. A pergunta é: o quanto já avançamos nesta transição?

Não se trata da velha (e enfadonha) discussão sobre verba migrando da TV para a Web. O conceito é outro. É a alforria das marcas em relação aos meios tradicionais. Não significa que eles estão mortos. A idéia passa ser (como sempre deveria ter sido) mais importante que o meio. Pedindo desculpas pela piada, o meio é o “meio”, e não o objetivo.

Outra pergunta relevante seria o quanto deste budget não mensurado está passando pelas agências? Seja ele do tamanho que for, é uma oportunidade a curto prazo e um risco a médio prazo.

Fonte: Brainstorm #9 André Catita